terça-feira, 14 de outubro de 2008

A problemática social associada ao Instrumento Transcendental

O instrumento transcendental, como poderoso objecto que é, transporta consigo e na sua utilização todo um conjunto de questões de carácter social que é necessário visar. De facto, este não é apenas um instrumento musical, pelo que os seus efeitos vão muito além das normais notas musicais a ressonarem nos nossos ouvidos. Este é um instrumento com a capacidade de envolver o utilizador ao ponto de o transportar para um outro lugar do seu subconsciente, para embarcar o mero ser humano numa viagem que o afasta definitivamente do verdadeiro lugar onde se encontra. No fundo é uma viagem sem movimento físico, mas plena de movimento psíquico.
Ora, esta capacidade de afastar o ser humano da sua realidade e quatidiano transforma este instrumento em algo com um poder influenciador enorme, sendo um assunto pertinente e que vale a pena abordar.
Um pouco á imagem das drogas químicas este objecto tem o potencial para viciar os seus utilizadores visto que este, assim como as referidas drogas, possibilita um fuga á realidade através de processos psicológicos. Se por um lado o seu uso pode ser claramente benéfico para a manutenção de uma boa saúde psíquica (já que toda a gente necessita de uma de romper com o quatidiano para não “enlouquecer”) tabém não é menos verdade que o uso e abuso deste instrumento pode levar a situações sociais nefastas para o ser humano comum pois ao usa-lo repetida e indevidamente o homem pode criar uma dependência, que como qualquer outra, acabaria por ser maléfica. Efectivamente, o homem não se pode alhear contínua e repetidamente da realidade sob o risco de perder as noções sociais e de senso comum necessárias a um bom funcionamento do indivíduo em sociedade.

Face a esta questão, o grupo inicialmente inclinou-se para uma solução que limitaria a utilização do instrumento: “(...) o instrumento estebelecia uma espécie de relação com o cérebro despertando os seus sensores neurológicos uma unica vez por semana, todas as outras vezes o objecto podería ser utilizado mas como fruto de exploração, de aprendizagem e de conforto pessoal, não provocando qualquer reacção no sistema humano, a não ser pesquisa e aprendizagem do próprio utilizador, deste modo, não pondo em risco a própria mente do ser, nem tornar o mesmo num mero espectador viciado e estando consecutivamente a fazer uso do objecto como uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação.”
Após a reflexão acerca desta decisão apercebemo-nos de que esta implicaria um conjunto de outros problemas inerentes á limitação forçada de algo que seria muito desejado. Como se sabe, “o fruto proibido é o mais apetecido” e tendo em conta este factor decidimos, em vez de limitar a utilização do instrumento, apelar á consciência individual de cada um.
Desta forma, seria comercializado um pacote que iria incluir o instrumento propriamente dito assim como um panfleto informativo acerca da correcta e moderada utilização do objecto.
Á semelhança do que acontece, por exemplo, como os maços de tabaco que se vendem hoje em dia, o apelo á consciência seria o meio utilizado para garantir a sanidade dos usuários.


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