terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sínopse do Instrumento Transcendental (Máquina de Sonhos)

No âmbito da cadeira de Projecto Artístico - Produção Multimédia e da temática proposta "Máquina de Sonhos", a ideia base e a palavra chave que surge é o sonho, nas nossas opiniões, ideias e analogias, a mesma é uma experiência de imaginação do inconsciente durante o nosso período de sono estando a serem desenvolvidas as nossas maiores opressões e desejos, podendo ser visto mesmo como um filme ou uma fotografia do inconsciente, a própria forma do inconsciente se expressar, deste modo, o sonho expressa aspectos da vida emocional. Os sonhos obtêm uma linguagem própria, podendo ser revelados em símbolos, já que nós não temos conhecimento dessa mesma linguagem, de qualquer das formas para obtermos o conhecimento do sonho temos que estudar primeiro o significado dos seus signos. O nosso grupo pretende abordar, elaborar e apresentar um instrumento musical que estabelece relação e permite intervir com viagens executadas no passado e que hoje em dia podem ser relembradas, através do transcendentalismo (sistema filosófico que admite que as formas e os conceitos a priori dominam a experiência). Este objecto define-se como um instrumento de cordas com semelhanças aos instrumentos musicais orientais e africanos, ao nível formal. A sua intervenção surge como forma de culturalização de países. Cada pessoa pode obter o mesmo (o instrumento) por um preço acessível, assim a única desvantagem neste momento é que quando o possui ter que aprender basicamente a tocar, tornando-se assim uma forma de frustração e de realização pessoal, dando mais tarde ao utilizador novas vivências, experiências, e apreensões pessoais, podendo mesmo compôr novas melodias, através da exploração do instrumento. De qual das maneiras quando o instrumento é comprado, o utilizador recebe com o mesmo uma série de instruções e nomeadamente um livro de pautas (com uma leitura mais fácil das próprias pautas musicais) obtendo a melodia respectiva de cada país e/ou cidade (o exemplo dos ragas na música Índiana - Raga ou rãgam é como se chamam os modos usados na música clássica indiana).
Contudo, este produto tais como outras máquinas de sonhos relacionadas com a realidade virtual, podem-se tornar produtos viciantes deixando o utilizador preso num mundo subjacente á irrealidade, tornando-se deste modo, um maluco, um louco, o grupo pensou nesta desvantagem que ocorre em praticamente todos os produtos que adquirem o princípio da fuga ao quotidiano e à realidade, exemplo disto são as drogas, a televisão e os jogos de computador, entre muitos outros. E como resposta decidiu-se que o instrumento só adquiria essa possibilidade transcendental uma unica vez, num curto espaço de tempo. Por exemplo, o instrumento estebelecia uma espécie de relação com o cérebro despertando os seus sensores neurológicos uma unica vez por semana, todas as outras vezes o objecto podería ser utilizado mas como fruto de exploração, de aprendizagem e de conforto pessoal, não provocando qualquer reacção no sistema humano, a não ser pesquisa e aprendizagem do próprio utilizador, deste modo, não pondo em risco a própria mente do ser, nem tornar o mesmo num mero espectador viciado e estando consecutivamente a fazer uso do objecto como uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação.

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